21 de fev. de 2012

GLS TEEN - CAP. 86



No capítulo anterior...
- Helena discute com Ronaldo a respeito de Joaquim. O pai não quer saber do filho em casa
- Dadinho se prepara para viajar e convida Gilberto, mas ele prefere ficar em casa
- Joana vê a família de Ricardo saindo para viajar e aproveita para assediá-lo  

CAP. 86

RICARDO: Visitinha? Mas, afinal, o que você tá querendo garota?
JOANA: Isso que eu lhe disse: lhe fazer uma visitinha. Você não vai ficar sozinho em casa hoje à noite, ou vai passar o Natal com alguém?
RICARDO: Vou ficar por aqui mesmo. Como eu lhe disse, trabalho amanhã cedo.
JOANA: Então... Se incomoda se eu atravessar a rua para lhe desejar um Feliz Natal?
RICARDO: Não... Se for só isso, claro que não...
JOANA: Então me aguarde. Passo por aí depois (e se retira toda serelepe)

Ricardo fica sem entender.

Quando chega ao portão de casa, Joana se depara com a mãe, que observava a cena.

VANILDA: Que história é essa de você ficar abeirando o rapaz?
JOANA: Que isso, mãe, só tava conversando com ele.
VANILDA: Conversando o quê?
JOANA: Conversando o quê... Nada oras, só dando um bom dia, perguntando do Natal, essas coisas...
VANILDA: Joana, Joana... O Ricardo é casado, tem mulher, filhos... Não fica nada bem uma moça solteira ficar de papinho assim...
JOANA: Ai, mãe, que coisa mais careta! Esse papo é da época da minha avó. Hellooowww! O mundo evoluiu, dona Vanilda... (e deixa a mãe falando sozinha)

No Recife, Lourdes recebe a sogra, que veio do interior passar o Natal com a família. Os netos a abraçam com euforia.

SIMONE: Ai, Vozinha, que bom que a senhora veio... Estava com tantas saudades. (abraços e beijos)
GERSON: A senhora sumiu, vó, tinha muito tempo que não dava as caras aqui...
D. TITA: Ai, meu filho, a vó tá velha pra ficar batendo perna pra baixo e pra cima.
AIRTON: Que nada, dona Tita, velho é o mundo. A senhora ainda é muito jovem, tem muito que aprontar nessa vida ainda.
LOURDES: Que isso, menino! E sua avó lá é mulher de aprontar? Isso é jeito de falar?
D. TITA: Deixa o menino, Lourdes, eu sei como são esses jovens de hoje... Até o jeito de falar deles mudou... Eu é que tô ficando pra trás... (pausa) Por falar nisso, tô sentindo falta de alguém... Cadê o meu netinho Bernardo?
AIRTON: Aquele, vó, tá mais cansando que a senhora. Vive enfurnado naquele quarto, não quer saber de nada, parece uma tartaruga dentro do casco...
D. TITA: Mas não pode, um menino tão jovem, tão bonito... Não, isso não pode. Eu vou lá agora ver o que tá acontecendo...

D. Tita adentra o corredor e vai até o quarto dos rapazes, onde encontra Bernardo sentado na cama lendo um livro.

BERNARDO: Vó Tita! Que surpresa agradável! (abraços, beijos)
D. TITA: Vim aqui te tirar desse quarto. Seus irmãos falaram que você anda muito quieto, solitário... Cadê o meu companheiro? Quem vai me acompanhar nos passeios?
BERNARDO: Esse pessoal anda pegando no meu pé demais, vó. Eu continuo como sempre fui. O problema é que agora eles resolveram me notar e pegar no meu pé.
D. TITA: Por que, filho, o que tá acontecendo com você? Algum problema? Se tiver com algum problema e quiser falar, pode contar com a sua vozinha aqui. (cochichando no seu ouvido, em tom de brincadeira) Vou contar só pra você, que os outros não me ouçam, mas você é o meu neto preferido...
BERNARDO: Obrigado, vó, mas não tá acontecendo nada não. Tá tudo sob controle. Mas, me conta, e as tias, as primas, como estão todos lá?
D. TITA: Estão todos bem. De vez em quando reclamam que vocês não aparecem por lá...

A conversa se prolonga. Por algum tempo Bernardo volta a ser a pessoa alegre e descontraída que sempre foi.

Em Belém, na rodoviária da cidade, Joaquim vai ao guichê, compra uma passagem e se dirige para a plataforma.

Ele mostra a passagem ao motorista, pega a sua via e para de frente à porta do ônibus.

JOAQUIM (para si mesmo): Seja o que Deus quiser. São Paulo, aqui vou eu!

Continua amanhã...


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Você sabia?

A Associação Americana de Psicologia e o Royal College of Psychiatrists expressaram que as posições defendidas por grupos radicais e religiosos não são apoiadas pela ciência e criam um ambiente no qual o preconceito e a discriminação podem florescer.

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