No capítulo anterior...
- Boneca conta a Gilberto que sua mãe está
internada com problema de rins
- Bernardo fala com Pâmela ao celular e
Simone monitora toda a conversa
- Sérgio puxa papo com Joana, mas ela o
ignora. Mais tarde Joana pede que a leve em casa
- Joaquim e Xantara chegam da rua. Cicciolina
arruma a cama de Joaquim na área de serviço
CAP. 71
XANTARA: Você
deve estar brincando, né amiga? Ai, você é tão brincalhona... Queria ter seu
senso de humor...
CICCIOLINA: Não é brincadeira não. Pode olhar lá na área
que o colchonete está lá, estendidinho...
Xantara vai até a área e
constata que é verdade.
XANTARA: Mas,
Cicciolina... Que isso?
CICCIOLINA: Não tem mais, mais... No meu sofá novinho é
que essa bichinha não vai dormir. E agora, se me dão licença, eu preciso
repousar este meu esqueleto esguio e maravilhoso. Boa noite e até mais ver. Ah,
e não façam barulho antes do meio dia, porque eu não sou obrigada. Bye... (e
sai)
JOAQUIM
(cochichando): Não sei, mas acho que a sua amiga não foi com a minha cara...
XANTARA: Nem
com a sua, nem com a de ninguém. Mas ela tá muito mais atacada do que
costume... Dormir na área de serviço... Isso é demais...
JOAQUIM: Esquenta
não, eu durmo lá. Pra mim não faz a menor diferença. Melhor não caçar confusão,
afinal de contas ela é a dona, não é mesmo?
XANTARA: Você
não se importa?
JOAQUIM: No
momento não... Melhor na área do que na rua... Vou lá, porque tô um trapo de
cansada. Esse salto é bonito, mas me deixa destruída. Boa noite, querida. (e
sai)
Xantara fica pensativa,
incrédula. Joaquim tira a roupa, se deita no colchonete e dorme.
Joana e Sérgio conversam na
porta de casa.
SÉRGIO: Fico
feliz de te ver sorrindo assim novamente. Embora você não acredite, eu gosto
muito de você.
JOANA: Gosta,
mas me deixou dormir na rua...
SÉRGIO: Ah
não... Esse papo de novo? Eu já te expliquei porque que não te deixei ficar
lá...
JOANA: Eu
sei, só tô te enchendo o saco. Pra falar a verdade eu também tava sentindo a
sua falta. Tava um pouco carente, sozinha, sem ninguém pra conversar...
SÉRGIO: Eu
tô aqui, quando você quiser, é só me chamar...
JOANA: Chamar?
Chamar pra quê? Você já não tá aqui?
Os dois sorriem cúmplices, seus
rostos vão se aproximando e eles se beijam.
JOANA: Melhor
eu entrar agora antes que seu Tatão acorde e nos veja aqui.
SÉRGIO: A
gente se vê amanhã. Beijo. (e se beijam mais uma vez)
Amanhece...
No escritório, Gilberto
conversa com a patroa.
SELMA: Tá
tudo bem, Gilberto. Por mim você tá dispensado. Mas essa história de mãe doente
não é desculpa não, né?
GILBERTO: Não,
claro que não. A senhora acha que eu ia brincar com uma coisa séria dessas?
SELMA: Não,
eu sei que não. Você é um rapaz de confiança. Só tô falando isso pra te
assustar. Vai lá, visite a sua mãe. E na segunda-feira esteja aqui de novo,
pronto pro trabalho. Mãe é a coisa mais importante na vida da gente.
GILBERTO: Sim
senhora. Volto assim que puder. E mais uma vez, obrigado.
No quarto do hotel Gilberto
arruma sua mochila e pega o primeiro ônibus para Joanésia. Poucas horas depois
ele já está adentrando o quarto do pequeno hospital.
CATARINA: Meu
filho, o que você tá fazendo aqui?
GILBERTO: Vim
saber como a senhora tá. Fiquei sabendo que a senhora tava internada e vim
assim que pude.
Os dois se abraçam emocionados.
Catarina não segura as lágrimas.
CATARINA: Olha,
essa dor é uma das piores coisas que existe, mas só pra te ver aqui, já valeu a
pena.
GILBERTO: Que
isso, mãe? Quero que a senhora fique boa logo e volte pra casa.
CATARINA: Você
não imagina o quanto eu tô feliz de ver, meu filho...
Nisso, Avenor abre a porta do
quarto e entra.
GILBERTO: Pai?
Continua amanhã...
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Você sabia?
A Academia
Americana de Pediatria afirmou,
em 2004, que:
A orientação sexual, provavelmente não é
determinada por apenas um fator, mas por uma combinação de influências
genéticas, hormonais e ambientais. Nas últimas décadas, as teorias baseadas no
fator biológico têm sido favorecidas por especialistas.
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