No capítulo anterior...
- Juarez descarrega toda a sua frustração
pelas atitudes de Bernardo
- Antes de perder a cabeça e espancar o
filho, ele manda Bernardo embora pra casa
- Bebel chega a um posto e o caminhoneiro
cobra um programa pela carona
- Gilberto sai com Romero e se mostra todo
deslumbrado pelo parceiro
CAP. 126
ROMERO: Nesse
final de semana vou te levar pra dar uma volta. Aquela casa dos meus amigos tá
vazia de novo...
GILBERTO: Legal.
Lá é muito bonito. Mas tá vazia de novo? E o pessoal?
ROMERO: Eles
viajam muito. E sempre que viajam eu fico tomando conta.
GILBERTO: Entendi.
Então quer dizer que vou poder deitar e rolar com o meu gato lá?
ROMERO: “Meu
gato” é?
GILBERTO: É
jeito de falar. É que te considero muito. Você é muito especial pra mim...
Romero estranha. Os dois voltam
a namorar.
No posto de gasolina, o
caminhoneiro sai do banheiro e retorna para o caminhão. Bebel demora um pouco
mais para lavar os cabelos, passar seus cremes, etc.
Assim que Bebel sai do box,
percebe alguém no mictório que não lhe é estranho. É Janildo, o caminhoneiro
que é vizinho de sua família em Belém.
BEBEL: Janildo?
O que faz aqui homem?
JANILDO: Eu
é que te pergunto Bebel... O que faz perdida aqui, boneca?
BEBEL: Tô
indo pra São Paulo...
JANILDO: De
novo? Mas você já não tinha ido pra lá?
BEBEL: Isso
é uma longa história. Eu fui, mas voltei, e agora tô indo de novo.
JANILDO: Então
quero que me conte direitinho, mas lá na boleia do meu caminhão...
BEBEL: Não
posso, eu tô com outro caminhoneiro aqui...
JANILDO: Que
nada, é só uma rapidinha... Você não vai negar isso pro seu velho amigo aqui,
vai?
BEBEL: Safado!
Você sempre me dando a volta... Mas tem de ser rapidinha mesmo...
JANILDO: Prometo
que vou me esforçar. E no caminho você me conta essas suas aventuras por São
Paulo...
Os dois saem do banheiro e
caminham rumo ao caminhão de Janildo, que está estacionado no pátio.
O caminhoneiro, que dera carona
à Bebel percebe a movimentação dos dois e fica na espreita, observando a tudo
escondido.
CAMINHONEIRO: Filho de uma égua! Então eu fico com o
trabalho e o outro é que fica com o pagamento? Você me paga seu filho de
quenga!
Em Brasília, no seu quarto,
Joana liga para Jussara.
JOANA: Oi
amiga! As meninas convidaram pra sair hoje, dançar um pouco. O que você acha de
nos acompanhar?
JUSSARA
(deitada na cama): Pois é, hoje não vai dar, eu já tinha combinado de sair com
as minhas primas...
JOANA: Se
você não se importar, podemos ir todas juntas...
JUSSARA: Acho
melhor não. Minhas primas são meio chatinhas, entende? Faz assim, fica pra uma
próxima vez. Depois a gente combina. Beijos (e desliga)
JOANA
(chateada): Poxa! Ela tá me evitando mesmo... Alguém deve ter feito a minha
caveira pra ela...
JUSSARA
(para si mesma): Essa menina tá pegando muito no meu pé... Eu hein?! Aquele
negócio que a Carlinha falou deve ser verdade... E se ela for mesmo lésbica, eu
quero mais é distância!
De volta ao posto de
gasolina...
Bebel sai da boleia do caminhão
de Janildo e caminha para o ponto onde estava estacionado o outro caminhão.
Para sua surpresa, só encontra
a vaga da carreta, que não está mais lá.
BEBEL
(admirada): Oxe! Mas onde aquele maluco colocou o caminhão? Será que ele mudou
o caminhão de lugar e não me avisou?
Caminhando um pouco mais, Bebel
encontra sua mochila jogada no chão e algumas peças de roupas espalhadas.
Quando observa na direção da estrada, consegue ver apenas a carreta ganhando a
pista, sem que ela possa alcançá-la.
BEBEL: Ah
não! Essa não! Perdi a minha carona! E agora, o que eu faço?
Continua segunda-feira...
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Você sabia?
No ramo
da ciência da genética vários estudos têm sido realizados no sentido de
investigar origens hereditárias para a homossexualidade. Um dos estudos mais
conhecidos nesse sentido tenta estabelecer uma correlação entre a
homossexualidade masculina com o gene Xq28. É efetivamente uma tese que coloca
a homossexualidade não como uma opção ou estilo de vida, mas sim como resultado
de uma variação genética. Contudo, existem outros estudos que contradizem essa
influência.
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