No capítulo anterior...
Gilberto toma banho de cachoeira após um dia
de trabalho na lavoura
O homossexual “Boneca” o surpreende e também
entra na água
O pai de Gilberto acompanha tudo escondido na
mata
Bernardo vai à escola usando batom e causa
rebuliço na turma
A professora o leva para a Coordenação e
chama seu pai
Juarez se espanta ao deparar com filho
maquiado
CAP. 2
Antes que Bernardo tente se
explicar, a coordenadora toma a palavra.
COORDENADORA: Por isso resolvemos chamá-lo aqui, seu
Juarez. O Bernardo resolveu nos surpreender. Mais uma vez. E o pior foi que
essa atitude impensada dele causou a maior balbúrdia na turma, a ponto de a
professora ter de interromper a aula porque não conseguia controlar os ânimos
exaltados do pessoal.
JUAREZ: Filho,
me diga: que palhaçada é essa?
BERNARDO: Ora,
pai, eu estou usando batom, só isso. É tão bonito. Todo mundo pode usar, porque
eu não posso?
JUAREZ: Todo
mundo você quer dizer as moças, Bernardo, você é um rapaz!
BERNARDO: Pai,
hoje nós vivemos num mundo livre, todo mundo pode fazer o que tem vontade.
JUAREZ: Primeiro
você queria usar cabelos compridos, nós deixamos. Depois resolveu pintar os
cabelos de ruivo, nós deixamos, mesmo comprando briga com Deus e o mundo. Agora
você quer andar de cara pintada? Onde é que vamos parar com isso? (ameaçador)
Vamos embora. Em casa a gente vai conversar melhor sobre isso.
COORDENADORA: Seu Juarez, espere. Bernardo, aguarde lá
fora, por favor, eu quero falar à sós com seu pai. (Bernardo sai, Juarez senta)
BLUMENAU – SC
Na charmosa cidade do interior
catarinense vivem Joana, seus pais e seus quatro irmãos.
Estamos no mês de setembro e em
breve começará a “Oktoberfest”. Desde já estão acontecendo algumas festas
preparatórias para o grande evento que movimenta a cidade e atrai turistas de
todo o país.
Numa dessas festas, realizada
em praça aberta, os filhos do casal Vanilda e Tatão se divertem.
DIOGO: Melhor
irmos embora. Já passa das dez da noite e o pai falou que não era pra chegarmos
tarde em casa.
JOANA: Eu
quero ficar mais. Tô afim de ir embora não.
CLEITON: Já
vai começar a dar trabalho? Por isso que eu não queria que você viesse.
JOANA: Fica
na tua, garoto! Você o mais novo, não manda em nada.
DIOGO: O
Cleiton tem razão. Só concordei em trazer vocês porque prometeram não me criar
problemas. Era muito fácil nós termos vindo sozinhos.
BEATRIZ: Eu
não tô fazendo nada de errado. Obedeci tudo que foi combinado.
JOANA: Porque
você é uma sonsa mesmo. Garotinha chatinha.
DIOGO: Chega
de papo. Vamos todos embora.
JOANA: Não
vou! Você vai me bater? Vai me obrigar a ir à força, “papai”? Vão vocês, eu vou
depois.
DIOGO: Está
bem. Fique. Mas depois vai se entender com o pai.
Os irmãos partem contrariados.
Joana Fica. Pouco depois um rapaz se aproxima.
RAPAZ: Essa
gatinha tão linda e tão sozinha, aceita um gole da minha cerveja?
JOANA: Esse
papo de gatinha e linda eu dispenso. Mas um gole da sua cerveja eu aceito.
O rapaz estende a mão. A moça
pega o caneco e bebe toda a cerveja de um gole só.
JOANA: Valeu.
A gente se vê por aí. (e sai)
RAPAZ
(sem entender): Garota maluca, eu, hein!
BELÉM – PA
Em um bairro do subúrbio da
capital paraense vivem Joaquim, seus pais e seus três irmãos.
Joaquim chega da rua, passa pelo
portão apressado e se dirige para os fundos, onde sua mãe mantém um quartinho
de costura isolado da casa.
Ela olha pela janela da cozinha
e percebe que o filho oculta algo embaixo da camisa.
HELENA: Onde
o senhor vai tão apressado? O que é isso embaixo da sua blusa?
JOAQUIM: Nada
não mãe. Vou ali e já volto. (entra logo no quarto)
Helena não dá importância ao
fato e se esquece do filho. Joaquim fica ali trancado por um bom tempo. Ele
folheia, extasiado, algumas revistas pornográficas cujas estrelas são
travestis.
Meia hora depois, sai do quarto
e segue para a cozinha. Belisca algumas batatas fritas que sobraram do jantar e
rapidamente retorna.
Quando entra no quarto, dá de
cara com seu pai, que tem as revistas nas mãos.
RONALDO: Você
pode me explicar que safadeza é essa, moleque?
Continua amanhã...
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Você sabia?
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