31 de dez. de 2011

GLS TEEN - CAP. 42


No capítulo anterior...
- Bernardo leva uma bronca da professora pelo atraso, mas fica feliz por ter ajudado Ramon
- A professora falta e Gilberto resolve ir à casa de Dadinho com os colegas da turma
- Joaquim conta a Xantara que a transa com o caminhoneiro foi boa e ganhou um bom dinheiro
- Sozinho no final da festinha, Gilberto é assediado por Dadinho e não sabe como reagir

CAP. 42

Por instantes, Gilberto não tira os olhos da mão de Dadinho, que passeia por sua perna. Rapidamente ele pensa, repensa e toma uma decisão.

GILBERTO: Então, mas é melhor eu voltar pro hotel agora, antes que fique tarde demais.
DADINHO: Dorme aí, cara, eu não falei que a gente se ajeita?
GILBERTO: Eu agradeço muito a sua gentileza, mas eu tenho de ir mesmo. (coloca o copo sobre a mesa) Amanhã a gente se vê na escola. Valeu? Obrigado pela festinha, tava muito legal. (e vai saindo)

Dadinho o acompanha até o portão, mas fica desapontado.

Horas mais tarde, no ginásio da escola, enquanto varrem a quadra...

ADRIANO: Então a mona queria te garantir mesmo?
GILBERTO: Queria, mas eu pulei fora na hora H.
ADRIANO: E porque você fez isso, o carinha não era interessante?
GILBERTO: Não é isso. É que eu não tô a fim de ficar curtindo esses lances, entende? Aquilo que aconteceu entre a gente foi um descuido, um loucura, sei lá... Meu lance é mulher. Eu não quero ficar curtindo esses lances com homem. Aquilo foi só uma aventura e pronto.
ADRIANO: Alice, vamos voltar para a realidade? Adelaide Catarina não nasceu ontem... Se você sem gostar já faz daquele jeito que fez comigo, imagina se gostasse...
GILBERTO: Palhaço... Eu tô aqui tentando falar sério e você vem com suas palhaçadas...
ADRIANO: Mas eu tô falando sério, gato. Assume que gosta da coisa e pronto. Para de tentar fugir da realidade.
GILBERTO: Quem sabe da minha realidade sou eu, cara. Só porque você é desse jeito, acha que todo mundo é também? Eu já disse: o meu negócio é mulher. Aquilo foi só uma aventura e não vai acontecer mais. Nem com você, nem com ninguém.
ADRIANO: Tá bom, Alice... Se você quer continuar se enganando, o problema é seu... E agora vamos acabar logo esse serviço que a dona Selma não demora aparecer por aqui...

Cai a noite...

Sérgio estranha a ausência de Joana na escola. Ele pensa em procurar Cleiton e Diogo para saber notícias da namorada, mas, antes disso, recebe uma mensagem no celular. Joana o convida para encontrá-la no pavilhão da Oktoberfest.

SÉRGIO (para si mesmo): Essa menina não tem um pingo de juízo... Onde já se viu matar aula pra ir passear em pleno meio de semana!

Terminada a aula, Sérgio segue para o local combinado e fica logo decepcionado: Joana está visivelmente embriagada e fumando um cigarro, ao lado de uma colega que ele não conhece.

JOANA: Poxa, gato, pensei que não viesse mais. Que demora!
SÉRGIO: Você pode me explicar que marmota é essa? A gente não tinha combinado de sair, você me mata aula no meio da semana, chego aqui e já te encontro toda grogue, fumando... Eu não tô te entendendo...
JOANA: Ah não! Se você veio aqui pra me encher o saco, é melhor vazar. Pra controlar a minha vida já basta um Tatão e uma Vanilda. Senta aí e para de encher o saco. Você é careta demais, parece velho. Vamo curtir a vida, meu!
SÉRGIO: É isso que você chama de curtir a vida? Ser irresponsável, matar aula, encher a cara?
JOANA: Deu vontade de sair pra tomar uma cerva aqui com a minha amiga, posso, seu Tatão?
SÉRGIO: Para de curtir com a minha cara, Joana. Eu não sou o seu pai. E nem gostaria de ser. Aliás, se fosse o seu pai eu te de dava era umas boas palmadas.
JOANA: Ah, é isso? Tudo com vocês é assim: é bater, é porrada, é pancada, homem é tudo igual mesmo. Um bando de trogloditas!
SÉRGIO: Olha, quer saber? Eu não vim aqui pra ficar ouvindo insultos não. Na boa, vou pra minha casa que eu ganho mais. Quando você tiver sóbria a gente conversa. Tchau (e sai)
JOANA: Vai! Vai mesmo, seu Tatão! Tô de saco cheio de você!

Continua segunda-feira...


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Você sabia?


África - O primeiro registro de um casal homossexual na história é geralmente considerado o de Khnumhotep e Niankhkhnum, um casal egípcio do sexo masculino, que viveu por volta de 2.400 a.C. O par é retratado durante um beijo, a mais íntima pose na arte egípcia, rodeado pelo que parecem ser os seus herdeiros.

30 de dez. de 2011

GLS TEEN - CAP. 41



No capítulo anterior...
- Bernardo avisa Ramon que conseguiu o dinheiro para lhe emprestar. Eles vão até o banheiro
- Joana e Sérgio comentam a transa do casal. Ele quer repetir logo, mas ela se esquiva
- Ramon agradece Bernardo pelo dinheiro, mas deixa claro que não quer nada com ele
- Bernardo suspira de felicidade por ter abraçado Ramon e sentido o calor do seu corpo

CAP. 41

Bernardo volta para a classe em estado de êxtase. Nem a bronca da professora pelos minutos de atraso consegue apagar o sorriso de seus lábios. A ideia de ter sido útil ao seu amado o deixa muito feliz.

Em Ipatinga, a professora que deveria ministrar os dois últimos horários falta e a turma é liberada para ir embora mais cedo.

GILBERTO: Puxa, mas perder duas aulas, logo agora no finalzinho do ano? E a prova daqui a duas semanas, como fica?
COLEGA 1: Esquenta não, cara, vamos procurar alguma coisa mais interessante pra fazer...
COLEGA 2: Depois a professora dá um trabalhinho valendo dois pontos e tá no papo.

Dadinho, aquele homossexual da turma, tem uma ideia:

DADINHO: Pessoal, a gente podia ir lá pra minha casa, tomar uma cervejinha, jogar conversa fora. O que vocês acham?
COLEGA 1: Opa! Na hora! Cervejinha é comigo mesmo.
DADINHO: Bora lá, Gilberto, pra você conhecer a minha casa.
GILBERTO (se esquivando): Não posso, amanhã tenho de acordar cedo, trabalhar, sabe como é...
COLEGA 2: Não, Gilberto, deixa de ser “caxias”. Vamos lá tomar a cerveja com o rapaz e pronto. Fica logo ali, duas quadras daqui. Você não vai fazer essa desfeita com o nosso colega, vai?
GILBERTO: Tá bom, eu vou. Mas só não posso demorar.

Na verdade Gilberto hesita em aceitar por causa dos comentários que fizeram a respeito do rapaz.

A turma, composta por cinco rapazes e três moças, passa no mercadinho da esquina, compra algumas bebidas, tira-gostos, etc. Na casa de Dadinho ouvem música, bebem, conversam e se divertem.

Joaquim termina o programa com o caminhoneiro e vai ao encontro de Xantara. Depois de caminhar algum tempo no pátio os dois se encontram.

XANTARA: Viado, como você demorou! Pensei que aquele bofe da terceira idade tinha raptado a minha amiga. E aí, como foi lá? Uó, pra variar né?
JOAQUIM (fazendo cara de bravo): Advinha, mona...
XANTARA: Ai, bicha, eu quase falei pra você não ir. Aquele pançudo tava com cara de ser tranqueira das brabas.
JOAQUIM (soltando um sorriso): Engano seu, querida! O bofe foi uóóóóóóóóóóóótimo!
XANTARA: Como assim, bee? Desenha que eu não tô entendendo... Titia Xanti tá boiando na maionese...
JOAQUIM: O bofe me pagou por uns três ou quatro programas, querida. E vou te contar uma coisa: o coroa é bom de esquema que você nem imagina... Tem um fogo, uma disposição, uma ferramenta... Huuuummm... Minha amiga... Me tratou como uma lady...
XANTARA: Não sou bife, mas tô passada! Eu podia jurar por minha mãezinha mortinha que aquele pançudo era o erro...
JOAQUIM: É querida, felizmente de vez em quando as aparências enganam... Sabe quando você além de trabalhar ainda pode sentir prazer trabalhando? Foi isso.
XANTARA: Tá bom bicha, mas agora vamos embora, porque senão o brucutu do teu pai vai acabar com essa sua alegria em três tempos. (e saem na direção do carro)
JOAQUIM: No caminho vou te contar os detalhes, os mais sórdidos, é claro... (risos)

Na casa de Dadinho, os colegas vão embora, apenas Gilberto fica.

DADINHO: Puxa, Gil, eu fiquei muito feliz com a sua chegada naquela sala de aula. Na verdade estava cansado daquela turma, daquela monotonia. Estudo com aquele pessoal tem uns quatro ou cinco anos...
GILBERTO: Eu também gostei do pessoal. Achava que não seria fácil mudar de escola no último bimestre. Mas, felizmente me enturmei rápido, tanto que estou aqui na sua casa, tomando cerveja, curtindo com a galera...
DADINHO (completando seu copo): É mesmo, bebe mais, que seu copo está quase vazio.
GILBERTO: É melhor eu ir parando... A galera já foi, só tô eu aqui. Já é tarde e amanhã trabalho cedo...
DADINHO: Por isso não, você pode dormir aqui e amanhã você vai direto pro trabalho, ou levanta mais cedo e passa no seu hotel, sei lá...

Dadinho senta ao seu lado no sofá.

GILBERTO (estranhando): Mas aqui você só tem uma cama de casal...
DADINHO: Isso é o de menos. A gente dá um jeito. Sabe, Gilberto, eu gostei muito de você. Te achei um cara muito legal, muito bacana... (e começa a acariciar sua perna)

Gilberto fica tenso e não sabe como reagir.

Continua amanhã...


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Você sabia?

África - A prática do sexo intercrural (pênis no meio das pernas, com ou sem penetração) já não existia mais no início do século XX, depois de os europeus conquistarem o controle de países Africanos, mas foi relatada para o antropólogo britânico Evans-Pritchard pelos anciões, com quem ele conversou.

29 de dez. de 2011

GLS TEEN - CAP. 40



No capítulo anterior...
- Joaquim é abordado por um caminhoneiro idoso e com aparência desleixada. Ele hesita
- Xantara aconselha Joaquim a atender o cliente estranho, mas diz que ela não atenderia
- Joaquim conversa com o caminhoneiro que se mostra muito galante e fica desconfiado
- Edivaldo diz a Ramon que a gentileza de Bernardo com ele esconde outras intenções

CAP. 40

Nisso, quando caminham em direção à classe, Edivaldo e Ramon se deparam com Bernardo.

EDIVALDO: Vou entrar porque tenho um exercício ali pra terminar.
RAMON: Beleza. Vou daqui a pouco também. Agora vai começar aquela aula chata de matemática, que eu não tenho o menor saco.
BERNARDO: Então, Ramon, sobre aquele assunto que a gente conversou, eu consegui aquela grana pra você ir lá fazer o seu teste. Só não queria te entregar aqui, no meio do corredor, porque não é seguro. Será que a gente pode ir ali no banheiro?
RAMON: Podemos. Mas vamos rápido que a aula já tá pra começar. (e saem caminhando)

Em Blumenau, Joana e Sérgio conversam durante o recreio. Eles falam sobre a primeira transa do casal.

SÉRGIO: Puxa, foi muito legal. Pra falar a verdade, melhor do que eu esperava. Sabe, rolava até uns boatos por aí... Os caras falavam que/ (corta) Deixa pra lá.
JOANA: Falavam o quê? Agora eu quero saber.
SÉRGIO: Melhor não... Coisa sem importância.
JOANA: Não, agora que você começou, fala tudo de uma vez. Eu quero saber.
SÉRGIO: O pessoal da sala chegou a insinuar umas vezes que você não era chegada na coisa, não gostava de homem, saca?
JOANA: Falaram que eu era sapatão, é isso?
SÉRGIO: É, alguma coisa desse tipo. (receoso) Mas, olha, eu nunca dei ouvidos pra isso, sempre fui fissurado em você. Eu ficava era grilado com esses caras. Quase dei umas porradas no cara que falou isso pra mim.
JOANA: Bobagem. Eu tô careca de ouvir isso todo dia. Mas quer saber? Eu não dou a mínima pro que esse povo fala. Tô cagando e andando.
SÉRGIO (tentando fugir do tema): Então, mas, voltando ao nosso assunto, você gostou da nossa transa?
JOANA (sem convicção): É, foi legal.
SÉRGIO: Você gostou mesmo?
JOANA: Gostei.
SÉRGIO: Bom, se você gostou, a gente pode repetir em breve, não é mesmo?
JOANA: Nossa, mas já? Calma, não é assim que a coisa funciona não... Vamos com calma.
SÉRGIO: Mas se você gostou, se eu gostei, não vejo porque a gente não repetir.
JOANA: Eu sei, mas vamos dar um tempo, vamos deixar a coisa acontecer naturalmente, sem forçação de barra, ok?
SÉRGIO: Tá bom, gata, você quem manda.

Bernardo e Ramon vão até o banheiro e Bernardo lhe entrega algumas notas, após se certificar de que não tem ninguém os observando.

RAMON: Bernardo, na boa, eu fico muito agradecido de você estar me emprestando essa grana, vou devolver assim que puder, mas esse empréstimo é só por amizade mesmo, não é?
BERNARDO: É, por quê? Você acha que estou interessado em quê?
RAMON: Não sei, é que o pessoal por aí fala demais... Você sabe... Muita gente comenta que você é apaixonado por mim, essas bobagens todas... E você sabe, eu tenho namorada. Além do mais, a minha praia é outra, eu não curto esse seu lance aí, você entende?
BERNARDO: Fique tranquilo. Quando lhe falei que poderia conseguir o dinheiro foi porque fiquei mexido com a sua história. É o seu sonho fazer esse teste, pode ser uma boa chance pra sua carreira. Eu só quis ajudar. Não pensei em nada disso que você tá falando... Só pensei em ajudar um amigo, só isso.
RAMON: Puxa, legal. Assim fico mais tranquilo. E se você não tiver nada contra, prefiro que essa história do dinheiro fique só entre a gente, ok? Porque esse pessoal fala demais, tudo é motivo pra eles pegarem no pé da gente. Pro nosso próprio bem, é melhor que essa história fique apenas entre nós, ok?
BERNARDO: Por mim, tudo bem. Faça como achar melhor.
RAMON: Eu te pago assim que puder, não se preocupe. E agora vamos voltar pra sala que a aula já deve ter começado (e vai saindo)
BERNARDO: Ramon... (ele se vira e para) Boa sorte no seu teste.

Ramon sorri e lhe estende a mão.

RAMON: Obrigado, amigão. Nunca vou esquecer isso que você tá fazendo por mim. (se abraçam e dão tapinhas nas costas)

Ramon sai do banheiro apressado. Bernardo encosta na parede e suspira, feliz por ter tido um contato tão íntimo com seu amado.

Continua amanhã...                                        


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Você sabia?

África - O antropólogo britânico E. E. Evans-Pritchard, também registrou que guerreiros Zandes no norte do Congo rotineiramente assumiam jovens amantes do sexo masculino entre as idades de doze e vinte anos, que ajudavam com as tarefas domésticas e praticavam sexo intercrural (pênis no meio das pernas, com ou sem penetração) com seus maridos mais velhos.